Guerra e Paz


Exposição
Guerra e Paz, de Candido Portinari. Os painéis foram pintados por Candido
Portinari entre 1952 e 1956 a
pedido do Governo Brasileiro para presentear a sede da ONU em Nova York. Esses painéis ficam
permanentemente no hall de entrada da Assembléia Geral. Com a reforma do prédio
da ONU para adequação de sistemas modernos de segurança, o Projeto Portinari,
tendo a frente o seu filho, João Candido Portinari junto com o Governo
Brasileiro, se empenharam em convencer a ONU a liberar a obra para que viesse
ao Brasil para passar por uma restauração e ser mostrada ao publico brasileiro.
Foram três
anos de articulações envolvendo empresas brasileiras publicas e privadas,
empresas americanas. Os painéis foram cedidos para ficar sob a guarda do
Governo Brasileiro até 2013. Os painéis
chegaram ao Rio de Janeiro em 2010 e passaram por uma restauração. Apesar de já
terem sido pintadas há tantos anos, não sofreram muitas alterações, apenas o
painel “Paz” estava mais desbotado, pois ele fica exposto a mais claridade. O
processo de restauração foi aberto ao publico, escolas puderam acompanhar, foi
possível a alunos de diversas escolas assistirem aos trabalhos e desenvolverem
trabalhos sobre a obra..
A inauguração
foi no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em dezembro de 2010 onde
compareceram mais de 44 mil pessoas em 12 dias.
Estão expostos
no Memorial da América Latina e pode ser resumido em apenas uma frase: “São
emocionantes!” Os painéis são realmente muito expressivos. Transmitem uma força,
um vigor. Não é possível esquecer a emoção que aquela “Pietá” com seu filho
morto, ou a outra que chora desesperada nos passa. Os cavalos que na Guerra são
os transportadores da morte, na Paz
carregam noivas. Enquanto na Paz crianças brincam, balançam, cantam em coro,
pulam saltam. Na Guerra são corpos inertes. Ou ajoelham-se e sofrem. Mesmos os
animais que na Paz brincam, na Guerra mostram seus dentes ameaçadores. As cores
são fortes, mas mais em tons de azul, não apresenta tanto o vermelho que se esperaria,
ou negro. Na Paz temos tons dourados e azuis mais claros. E a característica
marcante de Portinari são suas representações de pés e mãos. Há muita força,
muita expressão nesses membros. Muitas dessas mãos se erguem ao alto, como que
suplicando, ou envolvendo os rostos escondendo a dor. Por outro lado as mãos
são suaves mas não menos expressivas.
A exposição se
completa com a mostra de vários estudos que foram feitos para a realização da
obra. Desenhos a crayon, a lápis de cor, grafite e óleo. Muitos de coleções
particulares que foram cedidos para a mostra. Um dos quadros que chamam a
atenção é a Morte Cavalgando feito a
guache e grafite. Outro é Mãe pintura
a óleo sobre tela que transmite muito vigor. Não há como ficar imune. Além
disso, estão expostos objetos pessoais do pintor, recortes de jornal da época,
além de filmes de curta duração sobre o artista, a obra, os painéis e a
restauração.
A exposição
ficará até 21 de Abril e deverá ir a outras cidades e alguns paises.
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