LAURINDO
O Laurindo morreu! Fiquei sabendo ontem(03/05) que ele morreu na segunda feira, ninguém avisou a gente no laboratório. Acho que deveriam ter avisado, não que ele fosse muito querido, pelo contrário, acho que conheço só umas quatro pessoas, no hospital inteiro, que gostavam, realmente, dele. Eu sonhei com ele nessa semana, não lembro que noite, nem do sonho direito, só lembro que ele estava barbudo, cabeludo e eu falava para ele: --Nossa, sr. Laurindo, como o senhor está relaxado!-- Não sei o que ele respondeu no sonho, mas boa coisa não deve ter sido, ele sempre me dava uma boa "patada"!
Trabalhou uns cinco anos lá e não angariou amizades, nem simpatias. Mas ele não era uma pessoa má. Era turrão, acreditava em princípios muito rígidos. Se a chefia dizia que ele tinha que ir de joelhos pela rua, ele ia, por que acreditava que cumprir ordens era sua obrigação e a nossa também. Fazia de nossa vida um inferno. Mas, por incrível que pareça, eu gostava dele. E ele fazia questão de dizer que não gostava de mim. (Acho que até gostava, mas não ia dar o braço a torcer).
E quem mais sofria era ele, pois além de não ter a simpatia dos colegas, a chefia não dava também o valor que ele pensava ter. Uma pena que tenha sido assim; quantas vezes eu falei para ele que: governos mudam, diretorias mudam, chefias mudam, mas "peão" fica e o serviço público depende é do peão...
Sinceramente, sinto muito por ele. Ele tinha um bons sentimentos, só não sabia como usar em proveito próprio!
Comentários
Postar um comentário