Carnaval... Já passou...
Ainda não contei sobre o desfile, faltou oportunidade e vontade...
Passou muito rápido. Rápido demais. A emoção foi um “suspiro”.
O que me impressionou foi a organização do evento. Posso falar sobre a concentração e organização das escolas. É muita gente, muita mesmo. Imagina se cada escola desfila com 3.500 integrantes e 6 escolas desfilam no mesmo dia, quantas pessoas estão lá na concentração! E as pessoas chegam cedo, e sabem direitinho onde está sua escola, sua ala, sem precisar falar, é instintivo. Eu nunca imaginei o que tinha lá no estacionamento do Anhembi antes das escolas chegarem no Sambódromo e que eu me lembre nunca vi imagem na Mídia sobre isso. As escolas vão chegando por ordem do desfile e montando as alas no estacionamento. Quando a primeira vai entrar a segunda já está montada e a terceira acabando de montar. Os carros já estão na área da Concentração por ordem de entrada. E conforme vai chegando a hora do carro entrar a ala que vai atrás espera e o carro se posiciona. Imaginem os diretores de alas o quanto sofrem!
A gente chega meio arrumada, pois nem no carro, nem nos ônibus dá para andar todo montado. O povo chega meio vestido e continua se arrumando na rua. É um tal de amarra aqui, aperta ali, cadê minha sapatilha? Está frouxo, será que não vai cair na avenida? Aperta mais um pouco... Está doendo? Na avenida não se sente nada. Dor? O que será isso? Tira o brinco, guarda celular. Tira foto, tira foto. Mais uma foto aqui... mais uma ali...
E os integrantes da escola já estão no ritmo do samba desde lá trás. Já estão “incorporados”. Não se consegue pensar em nada, absolutamente nada. É como se não fossemos um ser só, mas parte integrante do “todo”. E depois que entra na Avenida passa tão rápido. As imagens se sucedem rápido demais. Guardo na memória alguns sorrisos da platéia, incentivos, o som da bateria. Aplausos. Para mim a emoção do público é o mais marcante. Parece que há uma conexão de alegria.
Carnaval pode ser a festa pagã. Mas também pode ser uma festa alegre e por que não Divina? Acredito que Deus deve ficar feliz quando vê seus filhos felizes. Não estamos falando de excessos, estamos falando de alegria, de povo cantando, dançando. Até Jesus gostava de uma festa; lembram onde foi o primeiro “milagre” de Jesus? Foi na Bodas de Canaã. Naquele casamento que acabou o vinho e Ele transformou a água em vinho bom.
Mas voltando a organização; e no fim do desfile da escola? Na dispersão? Bom os integrantes da Escola saem pelo portão que dá para a Marginal que tem algumas faixas interditadas e os ônibus estacionados um atrás do outro, numeradinhos. Cada participante sabe o ônibus que veio e no qual vai embora e vão entrando organizadamente. Os que vão ficar para ver o desfile deixam a fantasia nos ônibus e vão para o portão de entrada do Sambódromo. E os outros que vieram de carro, como nós, vamos para o estacionamento, longe demais nessa hora. O cansaço pesa. A fantasia pesa. Mas a vontade é de começar de novo. Ir de novo!
Ahhh Silvia, eu adoro carnaval. Assistir, ir atrás dos blocos, mas nunca desfilei não. Em uma grande escola então, deve ser maravilhoso.
ResponderExcluirNa ilha eu participava na confecção das fantasias no barracão, é um clima maravilhoso, com certeza.
beijos