Friaca
Está muito frio em São Paulo. E com chuva, o que piora muito mais a sensação de frio.
No Instagram a Patrícia, que mora na Campina do Monte
Alegre, local que fica o rancho onde morei, me avisa que lá está muito frio.
Ahhhh como lembro dos dias frios que passei por lá, foram
muitos. O rancho ficava na beira do Rio Paranapanema e a água parece atrai e que
acumula frio.
Houve um fim de semana que eu e o Miguel fomos para lá e
fazia muito frio. A casa tinha uma varanda grande e na lateral dela parece que
o vento fazia a curva e era mais frio ainda. Era época de maracujá, tinha um pé
(sempre lembro da Regina Casé: “um pé de que...” ) Então, o pé de maracujá
estava carrejadíssimo e o corote cheio de pinga. Só eu e o Miguel na casa e também na
vizinhança, ninguém teve coragem de enfrentar o frio. Ora era ele, ora era eu
que ia até o pé de maracujá, pegava um madurinho e colocava no copo, mais um
pouco de açúcar dava aquela amassadinha básica e colocávamos a cachaça. E tomávamos
e voltávamos para a cama. Naquela época não tínhamos parabólica, sendo assim
sem televisão. Não existia internet. (Como será que sobrevivemos sem a internet?
Não sei...) E ficávamos conversando sobre tudo, bebendo, rindo e conversando,
não necessariamente nessa ordem.
Mas o mais engraçado era a disputa de quem iria pegar o
maracujá na próxima vez... o frio a espreita, na esquina da varanda...
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