Arrumando gavetas; gavetas da cozinha
Desde o começo da pandemia venho arrumando minha casa.
Comecei pelas gavetas, veja no outro texto publicado os detalhes. E minha
aventura teve inicio nas gavetas da cozinha.
Ao abrir as gavetas da cozinha nos deparamos com tantas
bugigangas que nem sabemos porque compramos aquelas coisas. A mídia nos mostra
e nos faz acreditar que precisamos de alguns utensílios totalmente
dispensáveis. Essa é a alma do negócio, fazer com que acreditássemos que não
podemos viver sem aquele utensilio que até poucos momentos atrás sequer
sabíamos da existência.
Inúmeros tipos de facas, faca para legumes, faca para
destrinchar, faca para filetar, faca para cortar cada tipo de carne.
Para que precisamos de 10 tipos de facas, se quando vamos
cortar alguma coisa na cozinha utilizamos apenas duas? Sim, na maioria das
vezes usamos duas facas, uma grande e uma pequena. Olho todas aquelas facas que
tenho e olho especialmente para aquela faquinha que me acompanha há pelo menos 20
anos, é sempre ela que pego. As outras facas ficam ali, aguardando a sua
vez de serem usadas. Por que tê-las, não é mesmo? Eu tinha um cutelo, se não
como carne há mais de dois anos, para que utilizaria um cutelo?
Assim fui separando facas, talheres, copos, peneiras,
ralador. Tudo aquilo que tinha em duplicata, ou que tinha outro que exercia a
mesma função, foi separado.
Todas peças que não utilizei nos últimos tempos foram
separadas. Peças quebradas, velhas, desgastadas, foram descartadas.
Eu tinha uma gaveta cheia de panos de prato, se usarmos um
por dia, a semana tem sete dias, no máximo preciso ter uns 12 panos de prato (tenho menos e dá certinho) e
olha que isso já é muito. Porque são lavados. Para que possuir paninhos de
cobrir fogão? Só para ter mais um pano para lavar? Fui tirando, repensando,
reavaliando. Menos é mais, é esse o lema. Fiquei com o mínimo naquele momento,
e estou para dizer que me senti aliviada. Menos panelas, menos talheres, menos
bugigangas e menos um armário na cozinha e mais espaço.
Assim é com nosso interior, guardamos coisas que não tem nenhuma serventia, coisas que pensamos em usar um dia e que nunca usamos e nem vamos usar. Por que ocupar o nosso espaço tão precário com coisas desnecessárias? Que inutilidade...
As gavetas estão mais organizadas, sem tralhas e bugigangas
inúteis, que só ocupam espaço e não são utilizadas. E a sensação de bem estar é
muito bom, é uma sensação de alivio, de leveza. Fica mais fácil limpar e
conservar limpo. Fica mais fácil cozinhar. E assim novos conceitos e
procedimentos vão se instalando e tomando lugar.
Eu decidi que vou gerar o mínimo de lixo possível, não
compro mais vários produtos de limpeza, o básico para mim é: água sanitária,
sabão em pó, sabão em pedra, detergente e álcool. Uso também o vinagre e o
bicabornato de sódio. Descobri que para limpar azulejos, gorduras, limpar
vidros e outros, a água sanitária com água dentro de um borrifador é ótima.
Esse é o verdadeiro multiuso.
Não é minimalismo, é essencialismo. Estou procurando usar o
que é essencial, não há necessidade do supérfluo, a indústria cria e determina
que precisamos, e nós, sem nos darmos conta, vamos consumindo cada vez mais,
com embalagens novas, com cheiros e cores novos, entrando na onda da empresa
que criou e incutiu na nossa cabeça que havia necessidade.
Já estou para fazer nova avaliação na cozinha, tem coisas
desnecessárias por lá.
Comentários
Postar um comentário